16 de jun. de 2007

Hanna e a História


Existem autores que periodicamente voltam a ficar na moda; um deles é a filósofa alemã Hanna Arendt. Bela e inteligente, tudo tinha para agradar(aliás agradou a Heidegger, de quem foi nos anos 20 estudante e amante). Depois, a partir de 1933, a tempestade desabou sobre a Europa; enquanto seu guia tornava-se um reitor simpático ao Nazismo na Universidade de Freibourg, a jovem pensadora judia, que apenas tinha tido tempo de publicar sua tese sobre "Conceito de Amor em Santo Agostinho", buscava o rumo do exílio, passando pela França(onde participa no trabalho de uma organização que facilitava a emigração de judeus para a Palestina), pela Espanha e finalmente instalando-se nos EUA em 1941. Terminada a guerra, a escritora decide passar o resto de sua vida na América, onde publica diversos trabalhos nos quais transmite a idéia de que a História pode ser trágica e que dela retiram-se lições.

(Na foto, três fases distintas da vida de Arendt, nos anos 20, 40 e 60)
Recomendação do dia: O livro "Nos Passos de Hanna Arendt", de Laure Adler, Ed.Record - Essa biografia tenta enfim compreender a mulher generosa, politicamente incorreta, de uma coragem excepcional, que praticava o culto da amizade como um eros e a filosofia como uma arte do "savoir-vivre".