11 de abr. de 2010

A Guarda do Imperador


A Guarda Pretoriana era um corpo militar de elite formado para proteger o imperador romano e sua família; em certas ocasiões este corpo alcançou tanto poder que foi decisivo na escolha ou permanência dos próprios imperadores. Vestiam-se de forma diferenciada e as guardas reais do presente século são suas herdeiras no que tange a questão de proteção da família real. A partir de Augusto, todos os imperadores tiveram uma guarda pretoriana, de tamanho variável. O termo Guarda Pretoriana quer dizer "A Guarda do Pretório"; o praetorium era a parte central do acampamento de uma legião romana, onde ficavam alojados os oficiais superiores. No ano de 23 d.C., com Tibério como imperador, inaugurou-se o acampamento permanente da Guarda Pretoriana, chamado Praetoria Castrates, localizado nas cercanias de Roma; desde então a Guarda Pretoriana passou usar o escorpião - que era o signo de Tibério - como distintivo da unidade militar, em seus escudos e no seu estandarte. Os pretorianos geralmente chegavam à Guarda através de seus serviços nas legiões. Eles tinham que ser muito bem recomendados, passar em alguns exames, conhecimentos e testes físicos exaustivos. Segundo Edward Gibbon, foi Diocleciano quem, tendo em vista a necessidade de reformas, desmobilizou a Guarda Pretoriana. Tal ação foi sendo executada de forma deliberada e imperceptível ao longo de vários anos.

Recomendação do dia: O livro "Juliano", de Gore Vidal, ed.Rocco, uma reconstituição romanceada do imperador romano que tentou restaurar o paganismo, retratando admiravelmente o cotidiano do fim do Império com sua depravação e corrupção.