17 de abr. de 2011

A Quinta da Boa Vista






Negociante atacadista de muita iniciativa, enriquecido no tempo em que o comércio exterior do Brasil era monopólio da Metrópole, pôde Elias Antônio Lopes dar-se ao luxo de construir para o seu descanso uma casa-quinta. O terreno escolhido ficava numa elevação que se estendia das margens do rio Maracanã ao mar, entre a enseada de São Cristóvão e de Inhaúma, chamado Quinta da Boa Vista. Com a chegada da Família Real, Elias doou a sua propriedade a D. João VI transformando-a em residência do monarca. Para acomoda-lo, o casarão da Quinta, mesmo sendo vasto e confortável, precisava ser adaptado como residência real. Assim, passou por considerável reforma realizada por um arquiteto inglês; mais tarde, D. Pedro I manda fazer nova reforma e ampliação, adquirindo a chácara vizinha à Quinta. Após o casamento em 1817, D. Pedro e D. Leopoldina passam a residir na Quinta da Boa Vista. Também na Quinta cresceu e foi educado D. Pedro II promovendo várias reformas na propriedade, inclusive reformando e embelezando seus jardins, num projeto do paisagista francês Glaziou, em muito ainda preservado. Com o advento da República, a Quinta, após sediar a Constituinte de 1891, foi transformada em 1893 no Museu Nacional, transferido do Campo de Santana. Atualmente, a Quinta da Boa Vista funciona como um parque, abrigando o Jardim Zoológico da Cidade, o Museu da Fauna e, no palácio, o Museu Nacional, administrado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.