7 de nov. de 2011

A Praça Mauá






A Praça Mauá era de início um grande alagadiço - a Praia de Nossa Senhora, que depois ficou sendo conhecida como "Prainha" - o principal ancoradouro das embarcações que do fundo da Baía traziam alimentos para a cidade. A área circundante da Praça Mauá, ainda que muito descaracterizada devido às inúmeras interferências até em sua topografia, ainda assim guarda alguns poucos sítios históricos do século XVI. Atualmente apresenta uma curiosa mistura: de um lado um bairro de boates e inferninhos existentes graças à proximidade do porto do Rio de Janeiro e do outro, oferece o maravilhoso Mosteiro de São Bento, símbolo do Barroco e marco da ocupação da cidade. O nome da praça decorre de homenagem ao Barão de Mauá, ou Irineu Evangelista de Souza, o maior empresário brasileiro no tempo do Império. Aliás, no centro da praça, existe uma estátua do barão, que ali era proprietário de um trapiche (armazém) e de vários negócios ligados à área portuária. Um importante edifício da Praça Mauá, é o chamado edifício do jornal "A Noite", com vinte e dois andares e construído no final da década de 30, possuindo um estilo Art Déco com formas classicistas e simétricas, inspirado nos antigos prédios de Nova York. Este edifício era um dos pontos mais badalados da cidade, tornando-se o centro das atrações na época áurea do rádio quando lá passou a funcionar a Rádio Nacional a partir de 1936. Com o atual processo de revitalização, redefinição urbanística e reaproveitamento da antiga área portuária do Rio de Janeiro, a Praça Mauá entrará em evidência novamente pois, como parte desses esforços, será construído no Pier da Praça Mauá um Museu do Amanhã, ou Museu do Futuro, projeto do arquiteto e engenheiro espanhol, Santiago Calatravia.