24 de jun. de 2011

O Imperador Filósofo


O imperador Marco Aurelio foi ao mesmo tempo um governante exemplar (tendo posto à prova seus dotes militares frente aos numerosos inimigos que ameaçavam as fronteiras do império, desde a Partia até a Germânia) e um filósofo, que em sua obra "Meditações", escrita durante suas campanhas, nos revela seus pensamentos mais íntimos. Nos retratos antigos de Marco Aurelio, conhecemos bem seus traços: cabelos crespos, expressão melancólica, barba cerrada, apropriada aos filósofos e atitude resoluta. Em uma das máximas escritas em seu livro, conclui: "É ridículo não tentar evitar sua própria maldade, pois isso é possível, assim como é ridículo tentar evitar a maldade alheia, pois isso é impossível". Enfermo de peste, Marco Aurelio morreu em 17 de março de 180, aos 58 anos, em sua tenda às margens do rio Danúbio, durante uma de suas campanhas contra os bárbaros. Em seu último discurso, despediu-se dos generais e delegou o comando supremo a seu único filho homem - Cômodo - que, esquecendo o exemplo do pai, rapidamente se converteu em um déspota cruel e fanático pelos jogos do circo.