26 de mai. de 2011

O Segredo de Michelangelo


Pesquisadores acreditam ter desvendado um mistério de quase 500 anos, envolvendo uma das obras mais conhecidas de Michelangelo. Eles afirmam que os afrescos da Capela Sistina, no Vaticano, escondem partes do corpo humano dissecadas pelo mestre do Renascimento. A primeira pergunta a ser feita é: por que o pintor italiano faria isso? Para responder, precisamos voltar ao século 16, época em que o Renascimento dirigia as atenções da ciência e das artes para o homem fazendo com que, entre outras coisas, o corpo humano passasse a ser estudado com mais interesse. A dissecação de cadáveres – condenada pela Igreja – era uma prática disseminada tanto entre médicos e pensadores quanto entre pintores e escultores. Michelangelo era um deles (ao lado de Leonardo da Vinci, Rafael, Luca Signorelli e Andrea Verocchio). Realizava experiências com cadáveres em seu próprio estúdio com tanta freqüência que chegou a ser convidado por Realdo Colombo, um dos médicos mais famosos de seu tempo, para ilustrar um completo manual anatômico que não chegou a ser realizado. “O humanismo era o código de conduta da época. E esconder um cérebro na figura de Deus criando o homem, bem sobre as cabeças coroadas de bispos e do próprio papa, seria uma ironia típica do gênio de Michelangelo”, diz o historiador italiano Agostino Giovanelli, da Universidade Católica de Milão.

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