21 de set. de 2011

Mulheres de Roma: Messalina


Valéria Messalina, cujo nome transformou-se em sinônimo de "mulher lasciva e dissoluta em excesso", segundo definição do dicionário Aurélio, foi uma figura pérfida, capaz de grandes atrocidades. Quando morreu, aos 22 anos, tinha uma história abarrotada de escândalos marcados por sua ninfomania e obsessão pelo poder. Messalina nasceu em berço de ouro, no ano 24 da era cristã. Desfrutou de muitos privilégios e, na corte do imperador Calígula, fez sua escola em meio a um período da época romana marcada por derramamentos de sangue, numa atmosfera impregnada por perversões sexuais. Com 15 anos, Messalina conheceu Tibério Claudio Cesar, 35 anos mais velho e tio de Calígula. Era um homem sem prestígio e considerado apenas um aleijado disforme, apresentando sintomas de paralisia infantil. Proclamado imperador após a morte de Calígula, casou-se com Messalina: ele encantado com sua beleza e jovialidade, ela visando aliar-se a uma família poderosa. Já no começo do casamento, Messalina tinha uma espécie de time de amantes e sua vida desregrada era conhecida em toda Roma. Depois de diversos e rumorosos casos, apaixonou-se por um cônsul, Caio Cilio. Tendo contraído matrimônio com ele em uma cerimônia pública enquanto Claudio estava em Ostia (fontes divergem se antes teria havido o divórcio do imperador ou se sua intenção era usurpar o trono), Messalina estava ao lado da mãe escrevendo cartas de perdão ao imperador quando chegaram os guardas enviados para executá-la. Ainda tentou o suicídio cortando os pulsos com uma adaga, mas fracassou. Um centurião terminou o serviço apunhalando-a até a morte.

Recomendação do dia: O filme "Demetrius e os Gladiadores", onde Messalina é interpretada por Susan Hayward