26 de mar. de 2011

O Tomate


A história do tomate é cheia de rumores, boatos e especulações, mas uma coisa é certa: essa fruta vermelha favorita de muita gente (sim, o tomate é uma fruta) não tem sua origem na Itália. Apesar do fato de ser um ingrediente essencial para massas, pizzas e saladas, o tomate é originário do México e da América Central. O tomate em sua forma original, no entanto, não tinha nada a ver com esse globo vermelho que nós conhecemos e adoramos hoje em dia. Tratava-se de uma pequena fruta perfumada (imagine algo como o tomate cereja) que os grupos nativos americanos combinavam com “ahi”, um tipo de pimenta para fazer um molho bem temperado. Os colonizadores, entretanto, acreditavam que o tomate era venenoso e nenhum ascendente europeu se atreveu a comer a fruta até o início do século XIX - com medo de morrer. Apenas os italianos imediatamente viram algo especial no tomate e, embora em um primeiro momento eles tenham usado a fruta para fins medicinais, acabaram consumindo tomate na forma de molho, por volta do século XVI. Levou mais de 100 anos para que o resto do continente europeu pegasse “gosto” pela fruta, mas na mesma época em que os americanos estavam apenas começando a experimentar o tomate, os franceses e ingleses já o consumiam com vigor, sendo que parte da popularidade da fruta se deve ao aumento dos alimentos enlatados. Hoje o tomate é um dos alimentos mais consumidos e mais de 1 bilhão e meio de toneladas são cultivadas e vendidas ao redor do mundo anualmente – isso é algo impressionante para uma fruta que até um século atrás provocava medo nas pessoas.

12 de mar. de 2011

A Praça XV










No início do século XVII, quando o Morro do Castelo começou a ser pequeno para a cidade do Rio de Janeiro, esta lançou-se para a Várzea, onde já existia uma capela, erguida para Nossa Senhora do Ó, localizada numa área muito pantanosa que passou a ser conhecida como Terreiro do Ó. Posteriormente o local passou a chamar-se Terreiro da Polé, porque nele foi instalado o tronco, instrumento de tortura para castigar os negros. Ficou também conhecido como Largo ou Rossio do Carmo, já que ficava em frente ao Convento do Carmo e, em seguida, como Largo do Paço, pois nele estava localizada a casa que foi o Paço dos Governadores, Paço dos Vice-Reis, Paço Real e Paço Imperial. Com a Proclamação da República, em 1889 passou a ser a Praça XV de Novembro, sofrendo uma reforma em 1894 para um novo ajardinamento e a inauguração da Estátua do General Osório. Na Praça ficava o antigo Porto do Rio, com o Cais Pharoux. Além do Paço, fazem parte do conjunto da Praça XV, o Arco do Telles, a Bolsa de Valores, o Chafariz da Pirâmide e a Estação das Barcas, de onde partem as barcas, os aerobarcos e os catamarãs que fazem o transporte de passageiros pela Baía de Guanabara, para Niterói, Paquetá e Ilha do Governador. Em 1998 a Praça foi completamente remodelada ganhando um subterrâneo por onde passam os ônibus e foi restaurado o Chafariz da Pirâmide, juntamente com um pedaço do antigo cais. Ao fundo da Praça, mas já pertencendo à Rua Primeiro de Março, existe ainda o importante conjunto arquitetônico formado pelo antigo Convento e pela Igreja do Noviciato do Carmo que foi a Catedral Metropolitana até mudar-se para a Av. Chile e pela Igreja da Ordem Terceira de Nossa Senhora do Monte do Carmo.